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'Insanidade é continuar a fazer as coisas da mesma forma e esperar um resultado diferente. Não é o que você faz que faz a diferença é a maneira como faz. Tem que aprender a fazer a mesma coisa de forma diferente.'






domingo, 13 de maio de 2012

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão será a segunda moléstia que mais...



Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão será a segunda moléstia que mais roubará tempo de vida útil da população. Perderá apenas para as doenças do coração.

A depressão se caracteriza como um transtorno do humor e pode ter início na infância, adolescência ou mesmo na vida adulta. Na verdade, a depressão pode vir após um acontecimento traumático, geralmente a perda de um ente querido (falecimento), o fim de um relacionamento amoroso, a perda do emprego, de poder aquisitivo, perda da beleza, do vigor físico e sexual, perda da saúde, etc.

Quando a depressão ocorre após algum acontecimento traumático, chamamos de “reativa”. Quando aparece sem um motivo aparente, leva o nome de “endógena”.

Os sintomas mais comuns da depressão são: 
- Apetite diminuído ou aumentado;
- Insônia ou excesso de sono;
- Fadiga constante, irritabilidade;
- Baixa auto–estima (sentimento de desvalorização);
- Lentidão de raciocínio, memória, atenção (incapacidade de se concentrar);
- Desânimo, desinteresse pela vida, desesperança, sentimento de inutilidade, sentimento de culpa;
- Crises de choro ou de lamentação;
- Agitação (Pode indicar um suicida em potencial).

Por outro lado, nem sempre a depressão se manifesta na forma desses sintomas acima mencionados. Há pessoas que reprimem fortemente a tristeza, mascarando-a por exemplo, após a perda de uma pessoa querida (morte ou separação). É o que chamamos deDepressão Mascarada. 

Na nossa cultura é muito comum os homens negarem que estão deprimidos. Muitos dizem que estão “cansados” ao invés de admitirem e dizerem: Estou triste!!!
Ficam agressivos ao invés de demonstrarem tristeza. Há um preconceito ainda muito grande dos homens demonstrarem tristeza, pois em sua maioria não se permitem chorar, principalmente em público. Existem 5 emoções básicas, autênticas, legítimas, inerentes ao ser humano; portanto, nascemos com elas: medo, tristeza, alegria, raiva e afeto.

Toda nossa educação emocional foi baseada no binômio: Permissão e Proibição. Ao homem foi permitido sentir e demonstrar alegria, raiva, mas recebeu a proibição para demonstrar medo, tristeza e afeto. Muitos homens quando sentem medo ficam agressivos e não admitem que estão com medo. Na verdade, a agressividade é uma forma de mascarar, disfarçar a sua insegurança e seus medos. Por outro lado, à mulher foi permitido, isto é, foi educada a sentir e expressar medo, tristeza, afeto, raiva e alegria – embora, há tempos atrás - ela não pudesse expressar livremente a raiva e a alegria. Ela tinha que ser recatada, bem comportada, feminina, meiga e não podia, portanto, ser agressiva e nem tampouco dar altas gargalhadas em público. Mulher que agisse dessa forma, era mal vista.
Por conta desse processo educacional opressivo, em muitas casos, a depressão pode estar mascarada nas crianças sob forma de irritabilidade e agressividade.

Nos adolescentes, a depressão pode se manifestar sob forma de uso de drogas, álcool ou até mesmo como delinqüência. Em muitas famílias, não há permissão para o adolescente expressar alegria e afeto. Os pais não costumam dar boas gargalhadas e demonstrar ternura. Há uma verdadeira “economia” de afeto e alegria nessas famílias. Por outro lado, há “permissão” para ofensas, agressividade, criticismo acentuado e pouco espaço para diálogo, compreensão, momentos de intimidade, apoio, incentivo e elogios sinceros.

Na fase adulta, a depressão pode ser mascarada sob forma de excessos alcoólicos, drogas, comida, sexo, jogos, vício em trabalho (workaholics), ou em forma de máscara sorridente e aparente felicidade. Tratei de um paciente que sofria de depressão mascarada cujo apelido em seu trabalho era “garoto propaganda”, porque vivia “sorrindo”. Nunca demonstrava tristeza ou mesmo raiva. (vide Caso Clínico que segue: Depressão Mascarada). Há pessoas que, após uma separação, não se permitem entrar em contato com a perda, com a tristeza.

É natural, com a separação, sentirmos tristeza. No entanto, essas pessoas reprimem fortemente essa tristeza, trabalhando feito “um louco”. Se tornam um viciado em trabalho. O trabalho passa a ser uma fuga, uma forma de não entrar em contato com a perda.

Mas quando param de trabalhar, entram numa profunda depressão. Aqui explica, em muitos casos, o porquê dessas pessoas adiarem em procurar auxílio de um Psicoterapeuta. Afinal, passar por um processo terapêutico implica em entrar em contato com os seus verdadeiros sentimentos.
Do ponto de vista orgânico, a depressão pode estar mascarada em forma de sintomas psicossomáticos, tais como dores de cabeça constantes, fadiga, dores lombares, náuseas, vômitos, úlcera, colite e alergias diversas. Às vezes, as dores “andam” de um lado para outro no corpo. Muitos suicídios ou tentativas de suicídio inesperados e aparentemente inexplicáveis, são devidas às depressões mascaradas.

Uma pessoa pode ter uma dor de cabeça por anos a fio e certo dia tentar um suicídio.
Em muitos casos, essas pessoas podem ser consideradas hipocondríacas, passando por vários médicos, fazendo exames e não encontrando nada.

Na verdade, todo depressivo é um decepcionado. A vida está lhe devendo. Daí a sua insatisfação. A pessoa depressiva sempre vê o que não têm e não se permite olhar para o que já tem, para suas conquistas. É uma pessoa emburrada, se fecha porque guarda e carrega dentro de si muitos “lixos emocionais” (mágoas, decepções, ressentimentos, desilusões), os bagaços de seu passado. Muitas mulheres me perguntam o porquê sua vida amorosa está péssima. Respondo que elas carregam uma quantidade enorme de mágoas, desilusões do passado que bloqueiam e impedem de atrair parceiros e situações favoráveis. Por conta disso, só atraem homens violentos, complicados, problemáticos, casados, com problemas financeiros, que não querem saber de nada, etc.

Portanto, é preciso “desatar os nós energéticos” (lixos emocionais) de seu passado, seja desta ou de outras vidas, que estão impedindo que sua vida afetiva flua de forma mais livre. Muitos pacientes depressivos me perguntam também: “Por que sofro tanto”? Eu digo: Você sofre porque está na ilusão, dormindo na ilusão e não quer acordar. Na verdade, o sofrimento tem uma função. É um sinal, um indicador do quanto você resiste em querer mudar. E se você está na teimosia, resiste, quer continuar assim, colherá a desilusão cedo ou tarde. Teimosia é continuar com o que não funciona em sua vida. A dor, é portanto, um sinal de que o que você está fazendo consigo não está sendo legal. E todos nós somos responsáveis pelo nosso próprio bem estar. Para isso, é preciso sair da ilusão de culpar as pessoas, a vida e o destino e reassumir a capacidade de dirigir sua própria vida.

Na verdade, o problema está na cabeça e não na situação. É a forma como cada um percebe os fatos. Observe as pessoas felizes. Elas são felizes porque valorizam os aspectos positivos dos acontecimentos e não dão muita importância aos fatos desagradáveis da vida.

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