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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Hipnose ajuda a tratar problemas como depressão, ansiedade e estresse


Cercada de mistérios, a hipnose ainda é vista com olhos tortos por muitas pessoas. Talvez por seu passado obscuro, ligado ao curandeirismo e a rituais mágicos tão antigos quanto a humanidade. Poucos sabem, no entanto, que se trata de uma prática reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como ferramenta de apoio ao diagnóstico e tratamento médico desde o fim da década de 90. E, como tal, de mística ela não tem nada.

HISTÓRIA DA HIPNOSE

Apesar da origem incerta, acredita-se que a hipnose exista desde o Egito antigo. Naquela época, a prática ocorria nos chamados templos do sono, onde os atendidos entravam em um estado chamado de "sono mágico" e do qual supostamente acordariam curados de seus males físicos.

O ritual era cercado de cantos e danças conduzidos por sacerdotes. Maias, astecas, persas e gregos tinham práticas semelhantes.

O emprego da hipnose na medicina começou com Anton Mesmer, no século 18. Para ele, a doença era criada por uma sugestão do organismo e podia ser solucionada com a transmissão de ondas magnéticas de uma pessoa para outra.

Em suas sessões, ele usava imãs e outros objetos para colocar o paciente em um suposto estado de sono que levaria à cura. Até então, a prática era chamada de mesmerismo.

O termo hipnotismo foi cunhado pelo cirurgião e oftalmologista escocês James Braid, no século 19, ao utilizar a palavra 'hypnos', que em grego significa sono, para definir o estado em que a pessoa entrava.

Braid rejeitou a existência de fluídos magnéticos e acreditava que era o cansaço dos músculos dos olhos ao se fixarem em um único ponto o que levava a pessoa ao estado de transe.

A hipnose conhecida hoje foi desenvolvida pelo psiquiatra Milton Erickson, fundador da Sociedade Americana de Hipnose Clínica, no século 20. Foi ele quem criou algumas das técnicas modernas de indução, que usam apenas a voz.

MAIS SOBRE HIPNOSE

A hipnose nada mais é do que um mecanismo mental, totalmente explicável pela ciência. Entrar em estado hipnótico é algo fisiológico, natural do organismo, que experimentamos várias vezes ao dia. "Entramos e saímos toda hora de estados de hipnose, pois não conseguimos ficar focados em algo o tempo todo".

Na terapia da hipnose, a pessoa não fica "inconsciente", como se acredita; ela apenas tem seu senso crítico diminuído e, com isso, fica mais aberta às sugestões dadas pelo médico.

Quando dizem que você está "viajando", focalizado em algo a ponto de nem escutar quando te chamam, você está, na verdade, em uma espécie de hipnose. Mesmo presente, sua concentração é tamanha que tudo em volta acaba sendo bloqueado da percepção. É como se sonhasse acordado.

"Quando estamos concentrados em uma tarefa e não percebemos o tempo passar ou o que acontece ao redor, estamos em um processo hipnótico, pois a mente esta focada naquela ação e, com isso, as outras atividades deixam de ser prioritárias e passam despercebidas".

Ninguém sai do corpo, "voa" para longe ou fica fora de si quando é hipnotizado. "Ela não é igual ao sono. É um estado alterado de consciência, mas que mantém a pessoa presente. Por isso, ela não ‘volta’ de lugar algum, porque na verdade ela não foi".

Nesses estados hipnóticos ocorre o bloqueio parcial da ação da mente consciente. "O senso crítico, que controla tudo o que você faz, fica diminuído, mas a consciência continua ativa".

O que a hipnose como prática médica faz é levar o paciente a esse mesmo estado mental, mas de forma coordenada, por meio da indução hipnótica. Isso permite que sugestões dadas pelo terapeuta sejam aceitas com maior facilidade. "Usamos estratégias de comunicação que levam a pessoa a entrar neste estado modificado de consciência. E, com isso, se você está bebendo um copo de água e eu falo para você que é suco, a mente ‘aceita’ a sugestão e sente como se fosse um suco".

Confiança

O primeiro passo para conseguir essa hipnose coordenada é o chamado rapport, que pode ser definido como um laço de confiança entre o terapeuta e o paciente, que poderá se soltar a ponto de ser conduzido em sua viagem hipnótica. "Todo o processo é muito mais uma processo de auto-hipnose, porque se a pessoa não quiser, ninguém conseguirá fazê-la entrar neste estado. Ela se coloca disponível, e o médico torna-se apenas um instrumento".

O rapport depende, além da suscetibilidade do paciente, da comunicação do terapeuta. "É preciso ser bom de papo, agradável, ter percepção. Sem isso, a hipnose não acontece". "Não é só deitá-lo em uma poltrona e dar sugestões. Quando ele entra no consultório, faço uma leitura não verbal, escuto, faço perguntas. Há todo um envolvimento emocional".

A capacidade de entrar em transe hipnótico tem uma grande ligação com a capacidade de abstração. "É a mesma genética que dá o dom artístico, musical, poético. São pessoas que têm maior facilidade em usar a imaginação". Quem é muito racional, em geral, encontra mais dificuldade em abrir mão do controle e de se deixar levar pela hipnose.

Para saber se está neste grupo, sugiro um teste simples: feche os olhos e imagine que o ar do ambiente está muito seco. Quando respira, ele ressaca totalmente a mucosa do seu nariz. Fique alguns segundos imaginando isto. Abra os olhos e preste atenção. Se perceber que algo mudou em seu nariz, mesmo que de forma sutil, você é uma pessoa mais suscetível à hipnose.

Aplicações médicas

A hipnose é usada hoje por alguns dentistas como um anestésico natural, em pacientes que têm medo de tratamentos e cirurgias dentárias. A prática já é reconhecida como ferramenta clínica em odontologia desde 1993. Por meio dela, o dentista consegue levar o paciente a um estado de entorpecimento (analgesia) ou perda completa da sensação de dor (anestesia).

Outra aplicação da hipnose está no tratamento de problemas musculares e ósseos, como os de coluna, trazendo alívio da dor. Em 2010, a prática foi oficialmente aprovada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional para ser usada em tratamentos da área.

É na área de psicologia que a hipnose tem encontrado sua seara mais fértil. Apesar de usada desde os tempos de Freud, o pai da psicanálise, apenas no ano 2000 o Conselho Federal de Psicologia reconheceu o uso da prática em tratamentos da área.

Atualmente, ela costuma vir associada a um trabalho terapêutico, como um instrumento de apoio que permite acessar emoções e informações que de outras formas seriam quase impossíveis. Não é recomendável se submeter a sessões de hipnose com profissionais não habilitados.

Na terapia, o paciente é estimulado a lembrar detalhes de histórias e emoções do passado que foram total ou parcialmente esquecidas ou até mesmo bloqueadas pela mente. Algumas delas podem ser a chave para resolver traumas, fobias e problemas do presente. "Nós temos as imagens gravadas, a nossa vida toda em nossa mente. São situações e emoções que você esqueceu porque ficaram armazenadas na memória profunda, no inconsciente. Eu, como terapeuta hipnótico, consigo induzi-lo a trazer de volta essas lembranças, revê-las, para ajudá-lo a entender o que se passa hoje".

Mas não é apenas em lembranças que a hipnoterapia se baseia. O médico pode, durante o transe, trabalhar apenas em oferecer sugestões de comportamento, posturas e ideias ao paciente, para que ele modifique aspectos de sua vida, mais ou menos como fazem os psicólogos. A diferença é que a sugestão é muito mais facilmente aceita e com bem menos resistência durante a hipnose devido ao senso crítico diminuído.

Em todos os casos, para que o tratamento seja eficaz é preciso fugir da passividade e entender que o terapeuta sozinho não resolverá seus problemas. "Muitos acham que vão ser hipnotizados e vão mudar completamente. Aí se desiludem, pois percebem que terão de ser proativos. Não existe mágica, milagre", fala.

ESTRESSE SOB CONTROLE

A hipnose também tem sido usada com grande eficácia em pacientes estressados e tem ajudado pessoas em situações de ansiedade e apreensão a se sentirem mais relaxadas, como antes de cirurgias

Os terapeutas trabalham em cima de duas variáveis nestes casos: aumentar o nível de tolerância do paciente para fazer com que suporte mais tensões sem se abalar ou procurando descobrir a origem do problema para ajudá-lo a diminuir o nível do estresse

"Na hipnose consigo dar sugestões para que ele altere essas posturas. Se forem bem colocadas, ele consegue modificar a forma de viver as situações", conta

Para essas aplicações, a auto-hipnose também tem sido bastante efetiva. Essa técnica permite gerenciar, por meio da autossugestão, juntamente com técnicas de relaxamento e meditação, o estresse a ansiedade

Possibilita, ainda, diminuir dores como as da cólica menstrual e de cabeça. "Mas vale lembrar que nestes casos há apenas um controle dos sintomas e não sua eliminação por completo, pois isto poderia mascarar doenças mais graves", lembrando que a prática é defendida pelo Conselho Federal de Medicina.

Regressão

Durante as sessões, o paciente pode não apenas se lembrar, mas também reviver uma história do passado como se ela estivesse acontecendo de novo. É o fenômeno chamado de regressão, e que causa tanto medo em algumas pessoas. Ao entrar nessas lembranças espontaneamente ou por solicitação do terapeuta, o paciente pode passar a se comportar como se tivesse a idade que tinha à época.

"Ela revê a história como se estivesse acontecendo hoje. Pode se envolver tanto a ponto de escrever, falar como se tivesse a idade em questão. Há pessoas que revivem situações de quando eram bebês, então, não falam, só gesticulam".

A aplicação da regressão tem as mais variadas funções. "Se você teve um trauma na infância, posso fazê-lo voltar a ele, lidar com as emoções no momento do trauma, já que o estará revivendo, e mudar o que sentiu".

Assim como é possível regredir, o terapeuta também pode sugerir uma progressão da idade, pedindo ao paciente que se veja no futuro desejado e tente entender o que deve fazer para atingir seus objetivos.

O tratamento pode ser feito em qualquer situação que possa ter algum fundo emocional. São problemas como anorexia, bulimia, insônia, insegurança, timidez, baixa autoestima, impotência e outros problemas sexuais, ansiedade, depressão e síndromes, como a do pânico. É eficaz também no combate a alguns vícios, como o tabagismo e o alcoolismo.

A duração da hipnoterapia varia de pessoa para pessoa, mas, em geral, o indicado é pelo menos uma sessão semanal, com duração de uma hora, por cerca de três meses.

Medo infundado

Para quem tem certo receio da hipnose, os especialistas contam que tudo acontece naturalmente durante a sessão, como em uma terapia comum. Por meio da conversa, o médico conduz o paciente a um estado de vigília e relaxamento profundo, captando a sua atenção e inibindo a ação do consciente.

Em seguida, apenas com o uso da voz em um tom monótono e rítmico, ele o induz a entrar no transe. Durante a hipnose, o paciente pode perder a noção do tempo e de passado e presente.

O despertar é iniciado com uma ordem de que, ao contar progressivamente até um determinado número, a pessoa vai acordar.

E para quem tem medo de não voltar do transe hipnótico, os especialistas são categóricos ao afirmar que isso não passa de um mito. O que pode acontecer, em alguns casos, é o paciente mergulhar tão fundo em uma determinada lembrança e não aceitar a sugestão de sair do transe. Nestes casos, o terapeuta o deixa por algum tempo neste estado, que naturalmente o processo hipnótico se transforma em sono de verdade e ele acorda.

A hipnose para incrementar prazer sexual.

Uma técnica conhecida como hipnose erótica parece estar se popularizando como ferramenta para induzir experiências sensuais e ajudar pessoas com disfunções sexuais.

Sem o uso de clichês, como um relógio balançando ou alguém dizendo "você está se sentindo cansado", a técnica é utilizada para obter algo próximo de uma experiência sexual sem contato físico.
"A hipnose erótica está na moda agora, e vemos isso pelo interesse que vem despertando em publicações especializadas ou na mídia", afirmou à BBC.
O famoso relógio usado para hipnotizar nada mais é que ficção. Na verdade, a técnica é uma modalidade comunicacional em que o profissional, por meio da palavra, leva a pessoa a um estado de meditação profunda, aumentando sua capacidade de percepção.
"Mas a pessoa sabe permanentemente quem é e nunca perde a consciência".
Para ele, na clínica onde trabalha, o uso da hipnose não tem como objetivo aumentar o estímulo erótico, mas sim ajudar a quem sofre de disfunções sexuais.
"A pessoa é guiada, e a ela é proposto que faça um relato erótico por meio de um estado de distensão em que ela está mais receptiva”. Isto faz com que a pessoa se abra mais em relação a aspectos que ficam reprimidos quando está em vigília.
Quando uma paciente que sofre de anorgasmia (inibição do orgasmo) está em relaxamento profundo, ela possivelmente comentará sobre temas sem relação direta com sexo, que a permitiriam reviver as etapas do encontro sexual de maneira metafórica, levando a uma mudança no comportamento.
Já se o caso é de um homem com disfunção erétil, o especialista busca evocar momentos de satisfação e lembranças de experiências prazerosas para que, no estado de hipnose, a pessoa volte a se sentir capaz e reduza sua angústia.
"Ela pode ser usada, mas alternada com outros procedimentos que fazem parte da terapia sexual", afirmou.
"Depende muito também da habilidade do profissional e da capacidade de reação do paciente.
À primeira vista, é difícil determinar se uma pessoa está em um estado de meditação profunda qualificada como hipnose. Para constatar isto, especialistas defendem que se faça uma tomografia de emissão de pósitrons - antipartícula do elétron - para medir os fluxos sanguíneos no córtex cerebral.
Existe grande oferta de livros e vídeos, principalmente nos Estados Unidos, para que a pessoa entre em hipnose erótica sozinha. Especialistas não recomendam isto, além de criticar as clínicas que operam esta técnica sem a presença de médicos.
O indivíduo pode começar a preferir a experiência sexual com hipnose e não a realizada com outra pessoa. "Se vejo que a pessoa tem fortes rasgos de narcisismo, o mais provável é que adquira um vício, como se fosse uma droga".

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A Parceria do Homem com a Mulher

«(938.5) 84:6.1 O impulso da reprodução leva infalivelmente homens e mulheres a unirem-se para a autoperpetuação; todavia, por si só, isso não assegura que permaneçam juntos, em cooperação mútua — na fundação de um lar. «(938.6) 84:6.2 Todas as instituições humanas de êxito abrangem antagonismos de interesse pessoal, ajustados na harmonia da prática do trabalho; e os trabalhos de casa não são exceção. O matrimônio, a base da edificação do lar, é a mais alta manifestação dessa cooperação entre antagonistas, que tão freqüentemente caracteriza os contatos da natureza e da sociedade. O conflito é inevitável. O acasalamento é inerente e natural. O matrimônio, contudo, não é biológico; é sociológico. A paixão assegura que homem e mulher se reúnam, mas o instinto, menos forte, da paternidade e os costumes sociais mantêm-nos juntos. «(938.7) 84:6.3 Se considerados, na prática, o macho e a fêmea são duas variedades distintas da mesma espécie; vivendo em associação próxima e íntima. Os seus pontos de vista e reações vitais são todos essencialmente diferentes; eles são totalmente incapazes de uma compreensão mútua, plena e real. Um entendimento completo entre os sexos não é alcançável. «(938.8) 84:6.4 As mulheres parecem ter mais intuição do que os homens, mas também demonstram ser um tanto menos lógicas. A mulher, contudo, tem sempre sido o esteio moral e tem tido a liderança espiritual da humanidade. É a mão que embala o berço e que ainda confraterniza com o destino. «(938.9) 84:6.5 As diferenças de natureza, reação, ponto de vista e pensamento, entre homens e mulheres, longe de ocasionar preocupação, deveriam ser consideradas como altamente benéficas à humanidade, tanto individual quanto coletivamente. Muitas ordens de criaturas do universo são criadas em fases duais de manifestação de personalidade. Essa diferença é descrita como o macho e a fêmea, entre os mortais, os Filhos Materiais e os midsonitas; entre os serafins, os querubins e os Companheiros Moronciais, tem sido denominada positiva ou ativa, e negativa ou reservada. Tais associações duais multiplicam grandemente a versatilidade e superam limitações inerentes, como o fazem algumas associações trinas no sistema Paraíso-Havona. «(939.1) 84:6.6 Homens e mulheres necessitam uns dos outros, nas suas carreiras moronciais e espirituais, exatamente como nas suas carreiras mortais. As diferenças de ponto de vista entre o macho e a fêmea perduram mesmo além da primeira vida e durante as ascensões do universo local e do superuniverso. E, mesmo em Havona, os peregrinos que uma vez foram homens e mulheres ainda estarão ajudando-se mutuamente na ascensão até o Paraíso. Nunca, mesmo no Corpo de Finalidade, a criatura irá metamorfosear-se tanto, a ponto de obliterar os traços de personalidade que os humanos chamam de masculinos e femininos; sempre essas duas variações básicas da humanidade continuarão a intrigar, estimular, encorajar e ajudar-se mutuamente; sempre serão mutuamente dependentes da cooperação para a solução dos problemas desconcertantes do universo e a superação das múltiplas dificuldades cósmicas. «(939.2) 84:6.7 Embora os sexos nunca possam esperar entender-se mutuamente, eles são efetivamente complementares e, embora a cooperação seja com freqüência mais ou menos antagônica pessoalmente, ela é capaz de manter e de reproduzir a sociedade. O matrimônio é uma instituição destinada a compor as diferenças dos sexos, ao mesmo tempo em que efetua a continuação da civilização e assegura a reprodução da raça. «(939.3) 84:6.8 O matrimônio é a mãe de todas as instituições humanas, pois conduz diretamente à fundação e manutenção do lar, que é a base estrutural da sociedade. A família está vitalmente ligada ao mecanismo da autopreservação; é a única esperança de perpetuação da raça sob os costumes da civilização e ao mesmo tempo provê, de modo bastante eficaz, algumas formas de autogratificação suficientemente satisfatórias. A família é a mais elevada realização puramente humana, combinando, como o faz, a evolução das relações biológicas de macho e fêmea nas relações sociais entre o marido e a esposa.»